Zoonoses aumentará atendimento em 50%

Complexo de controle de zoonoses ficará na Vila Sônia

Por Nádia Almeida | 14/11/2007

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Os benefícios que o novo complexo de controle de zoonoses trará à população praiagrandense vão além da infra-estrutura. O chefe da Divisão de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde Pública (Sesap), Ozório Gonçalves Júnior, prevê um aumento mínimo de 50% nos atendimentos à população. Além disso, a nova estrutura, que deve ser inaugurada em dezembro, permitirá novos serviços, como aulas de compostagem, exibições de cães da Guarda Civil Municipal e atendimento veterinário ambulatorial.

Um dos projetos que devem ter maior impulso é o da castração de cães e gatos, desenvolvido no atual Serviço de Apreensão de Animais (Seman), gratuitamente, e no formato itinerante, que percorre bairros, em parceira com protetores de animais, a R$ 15,00, valor simbólico para despesas com transporte e alimentação. No ano passado foram feitas mais de 5 mil cirurgias. Até o final de outubro deste ano foram 3.652. “A previsão é encerrar 2007 superando a estatística anterior”, avalia Gonçalves. “No novo prédio esperamos um aumento ainda maior.”

Em fase final de obra, o centro está sendo construído em área de 1.821,50 m² entre as ruas Antonio Cândido da Silva, Ali Daychoum e Maria Faustina da Silva, no bairro Vila Sônia. “Não conheço nada parecido no Estado de São Paulo”, declara o chefe da divisão, Osório Gonçalves Júnior, que é veterinário.

Concebido pelos arquitetos da Coordenadoria de Projetos Especiais, o complexo reunirá os setores de administração (que hoje está dentro da Sesap), controle de pragas urbanas e dengue, além do Canil da Guarda Civil Municipal, que terá 18 compartimentos para os cães em adestramento e acesso independente.

Inovações - O atendimento veterinário ambulatorial é uma das inovações do centro, bem como a área livre (de 685,10 m²), com espaço gramado e arquibancada para apresentações de cães adestrados pela Guarda Civil. Outra será o desenvolvimento de projetos educacionais para conscientizar alunos da rede sobre a chamada posse responsável. “É importante essa integração com os animais para que, desde cedo, as crianças saibam amá-los e respeitá-los, evitando práticas cruéis e até medievais”, frisa Gonçalves.

Pensando nessa função educacional, próximo às baias dos cavalos há também uma esterqueira. “Pedi a inclusão dessa esterqueira porque as crianças sabem da importância da separação do lixo limpo na prática da reciclagem, mas não sabem o que fazer com o lixo orgânico.
Queremos promover aulas de compostagem”, prossegue Osório.

Vacinação anti-rábica, castração de animais e outros procediment
os veterinários passarão a ser realizados em salas específicas e adequadas. Atualmente esses trabalhos são feitos no Centro Municipal de Apreensão de Animais (Ceman) com limitações, já que o espaço não comporta a demanda.

Centro cirúrgico - Na nova estrutura, destaca-se o centro cirúrgico veterinário, que abrange salas de preparação pré-operatória dos animais, assepsia, esterilização, lavagem e recuperação, além da sala de cirurgia propriamente dita, que comportará três mesas. A estrutura se completa com ambulatório e um laboratório. “Não precisaremos mais recorrer ao Laboratório Municipal para análise de larvas da dengue. Faremos isso na própria unidade”, cita Gonçalves.

Funcionários terão melhores condições de trabalho, em especial os que atuam no Ceman. A área administrativa possui sala de administração, recepção, almoxarifado, arquivo, vestiários feminino e masculino, dois sanitários públicos, dois sanitários adaptados para cadeirantes (feminino e masculino) e cozinha. Na seqüência, ficarão estocados, em ambientes diferentes, rações, equipamentos, raticida e inseticidas. “Ao manter depósitos diferentes para raticida e inseticidas, evitamos prejuízos na eficácia desses produtos”, frisa.

Gonçalves revela que na entrada do complexo ficarão os filhotes para adoção, já vermifugados, vacinados e castrados. “Eles terão um espaço logo na entrada da unidade e poderão ser observados, através de uma vitrine, pelos interessados em levá-los para casa”, explica o chefe da divisão.

Na área destinada aos animais apreendidos, foram construídos cinco canis coletivos (com solário), três canis para isolamento de animais portadores de doenças infecciosas, três canis para isolamento de animais com suspeita de raiva, três baias para eqüinos (com solário e piquetes), uma baia para aplicação de carrapaticida, um gatil e uma sala morgue (destinada a eutanásias). Completa a estrutura um local para treinamento dos cães da Guarda Civil.