PG recebe visitantes para a Festa de Iemanjá
A Prefeitura fornece licença para a montagem de tendas e ingresso de ônibus e vans
Por João Carlos Miranda | 28/11/2007

A tradicional festa de Iemanjá de Praia Grande ocorre nos dois próximos finais de semana (1 e 2 e 8 e 9 de dezembro). O evento ocupará a faixa de 1,5 quilômetro de areia das praias Ocian a Mirim, da Avenida Vicente de Carvalho até a Rua 1º de Janeiro. A Secretaria de Cultura e Eventos (Secult) já cadastrou até quarta-feira (28), 71 centros de umbanda e candomblé que transportarão seus fiéis em 69 ônibus e 6 vans.
A Cidade deve receber cerca de 20 mil pessoas, a exemplo do ocorrido no ano passado, quando foram expedidas licenças para cerca de 400 representações religiosas. “Em 2006, 460 ônibus e 50 vans receberam autorização para participar da festividade. Como nas últimas edições, o maior movimento deve ser registrado no último fim de semana do evento”, disse o secretário da Secult, Manoel Carlos Peres, o Cartola.
Este ano, os menores devem ser cadastrados e portar pulseiras de identificação. Na última edição da festa foram atendidas 34 crianças que se perderam de seus acompanhantes. A intenção é reduzir esse número e agilizar o processo de reintegração às famílias. A assistente técnica da Secult, Rosângela Castro, disse que a organização entregará formulários específicos para a identificação das crianças no ato da retirada da licença.
A licença deve ser solicitada diretamente à Secult pelos telefones 3473-2278, 3473-2279, 3473-3603 ou 3473-4883. A Prefeitura fixou em R$ 200,00 o valor da taxa para ônibus e R$ 100,00 para van. O uso do solo tem taxa única de R$ 25,00 por centro ou tenda. O pagamento é realizado por depósito no banco Banespa, agência 0551, conta 45-000109-2, em nome da Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande.
“O depósito deve ser feito em dinheiro, diretamente no caixa. Se for por cheque, a autorização será liberada somente após a comprovação da compensação, o que pode demorar alguns dias”, informou Cartola.
A autorização deve ser retirada na Secult, até o último dia útil antes da data escolhida. A Secult fica na Avenida Costa e Silva, 594, 4º andar, Bairro Boqueirão. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 9 até 17 horas.
Precaução - A Secult alerta sobre a oferta de facilitação para aquisição da permissão. “A ação em si não é ilegal, uma vez que é uma oferta de intermediação, como o trabalho de despachante. Para não ter de fazer o serviço, contrata-se alguém. Mas no que se refere à participação da Prefeitura, não temos qualquer convênio e não autorizamos essa ação”, ressaltou o secretário.
Reurbanização – Um dos locais mais visitados durante a festividade deverá ser a da imagem de Iemanjá, localizada na Praia Mirim. A estátua, com oito metros de altura, foi recuperada em 2006, recebendo pintura e iluminação especiais, nas cores da entidade, segundo a descrição da umbanda (branco e azul). A área junto à imagem foi reurbanizada e ganhou 16 coqueiros representando os orixás (deuses) da religião.
A escultura fica sobre um conjunto formado por dois espelhos d’água: um junto à areia e outro suspenso, na altura do calçadão da orla. “A base da estátua foi transformada em uma cascata com a água caindo no espelho d´água, dando a sensação de que a Iemanjá está sobre o mar”, explicou o arquiteto Luiz Fernando Félix de Paula.
Na volta de todo o espelho d’água há área protegida para a colocação de velas, formando uma cortina de luz. Já o piso é revestido com pedra miracema. “A obra se integra perfeitamente aos trabalhos já realizados de reurbanização do calçadão e também da Avenida dos Sindicatos, valorizando a área e adequando o espaço à concepção da urbanização da orla”, enfatizou Luiz de Paula.
Sincretismo – Resultado do sincretismo religioso, Iemanjá é uma das figuras mais conhecidas nos cultos afro-brasileiros. Segundo informações do site Umbanda Racional, os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos.
Para Iemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado, em parte, por muitos ramos da Umbanda.
É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.
Na África, a origem de Iemanjá também é um rio que vai desembocar no mar. De tanto chorar com o rompimento de seu filho, Oxóssi, que a abandonou e foi viver escondido na mata junto com o irmão renegado, Oçãnhim (Oçanhe), Iemanjá se derreteu, transformando-se num rio que foi desembocar no mar.
A Cidade deve receber cerca de 20 mil pessoas, a exemplo do ocorrido no ano passado, quando foram expedidas licenças para cerca de 400 representações religiosas. “Em 2006, 460 ônibus e 50 vans receberam autorização para participar da festividade. Como nas últimas edições, o maior movimento deve ser registrado no último fim de semana do evento”, disse o secretário da Secult, Manoel Carlos Peres, o Cartola.
Este ano, os menores devem ser cadastrados e portar pulseiras de identificação. Na última edição da festa foram atendidas 34 crianças que se perderam de seus acompanhantes. A intenção é reduzir esse número e agilizar o processo de reintegração às famílias. A assistente técnica da Secult, Rosângela Castro, disse que a organização entregará formulários específicos para a identificação das crianças no ato da retirada da licença.
A licença deve ser solicitada diretamente à Secult pelos telefones 3473-2278, 3473-2279, 3473-3603 ou 3473-4883. A Prefeitura fixou em R$ 200,00 o valor da taxa para ônibus e R$ 100,00 para van. O uso do solo tem taxa única de R$ 25,00 por centro ou tenda. O pagamento é realizado por depósito no banco Banespa, agência 0551, conta 45-000109-2, em nome da Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande.
“O depósito deve ser feito em dinheiro, diretamente no caixa. Se for por cheque, a autorização será liberada somente após a comprovação da compensação, o que pode demorar alguns dias”, informou Cartola.
A autorização deve ser retirada na Secult, até o último dia útil antes da data escolhida. A Secult fica na Avenida Costa e Silva, 594, 4º andar, Bairro Boqueirão. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 9 até 17 horas.
Precaução - A Secult alerta sobre a oferta de facilitação para aquisição da permissão. “A ação em si não é ilegal, uma vez que é uma oferta de intermediação, como o trabalho de despachante. Para não ter de fazer o serviço, contrata-se alguém. Mas no que se refere à participação da Prefeitura, não temos qualquer convênio e não autorizamos essa ação”, ressaltou o secretário.
Reurbanização – Um dos locais mais visitados durante a festividade deverá ser a da imagem de Iemanjá, localizada na Praia Mirim. A estátua, com oito metros de altura, foi recuperada em 2006, recebendo pintura e iluminação especiais, nas cores da entidade, segundo a descrição da umbanda (branco e azul). A área junto à imagem foi reurbanizada e ganhou 16 coqueiros representando os orixás (deuses) da religião.
A escultura fica sobre um conjunto formado por dois espelhos d’água: um junto à areia e outro suspenso, na altura do calçadão da orla. “A base da estátua foi transformada em uma cascata com a água caindo no espelho d´água, dando a sensação de que a Iemanjá está sobre o mar”, explicou o arquiteto Luiz Fernando Félix de Paula.
Na volta de todo o espelho d’água há área protegida para a colocação de velas, formando uma cortina de luz. Já o piso é revestido com pedra miracema. “A obra se integra perfeitamente aos trabalhos já realizados de reurbanização do calçadão e também da Avenida dos Sindicatos, valorizando a área e adequando o espaço à concepção da urbanização da orla”, enfatizou Luiz de Paula.
Sincretismo – Resultado do sincretismo religioso, Iemanjá é uma das figuras mais conhecidas nos cultos afro-brasileiros. Segundo informações do site Umbanda Racional, os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos.
Para Iemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado, em parte, por muitos ramos da Umbanda.
É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.
Na África, a origem de Iemanjá também é um rio que vai desembocar no mar. De tanto chorar com o rompimento de seu filho, Oxóssi, que a abandonou e foi viver escondido na mata junto com o irmão renegado, Oçãnhim (Oçanhe), Iemanjá se derreteu, transformando-se num rio que foi desembocar no mar.