Praia Grande tem creche para maiores de 60
A iniciativa é pioneira no País
Por Melchior de Castro | 19/12/2007

Só foi em 1881 que a palavra creche passou a definir uma instituição pública de assistência social que, durante o dia, abriga e alimenta crianças cujos pais trabalham fora. Mais de 120 anos depois, já em 1997, a mesma palavra ganhou dimensão ampliada em Praia Grande. Passou a definir também local que abriga, alimenta e oferece assistência médica e suporte social a quem tem mais de 60 anos e os filhos trabalham fora. Trata-se da Creche do Idoso, uma iniciativa pioneira no País.
“Muitas vezes fica difícil conciliar a atividade profissional com o cuidado permanente com os pais idosos”, afirma a assistente social Vânia Gimenez, chefe da Divisão da Terceira Idade. “Com a creche, os idosos não ficam isolados em casa enquanto os filhos estão no trabalho. Mas também não perdem o contato com seus familiares, o que é fundamental”.
Diferente de um asilo, onde a permanência é em regime de internação, na creche os idosos passam apenas o dia – das 8 às 17 horas – de segunda a sexta-feira. “Os filhos podem trabalhar tranqüilos porque aqui sabem que seus pais ficam longe da depressão, do isolamento. Aqui há convivência, movimento, vida”, enfatiza Vânia Gimenez.
Na faixa etária de 63 a 93 anos, os idosos da creche instalada no Espaço Conviver Guilhermina recebem assistência multidisciplinar em período integral e contam com plantão de serviço social exclusivo. “São levados para consultas médicas inclusive na Capital. Caso haja necessidade, recebem cesta básica de alimentos e assistência na obtenção de documentos”, detalha Vânia.
A Prefeitura também oferece transporte da residência até a creche caso os filhos não tenham condições de levar os pais. “Todo o atendimento é gratuito”, frisou Vânia. Clínicas ou casas de repouso particulares cobram, em média, R$ 500,00 somente pela permanência diurna do idoso. Caso a família decida pela contratação de um profissional particular, um auxiliar de enfermagem, por exemplo, terá de desembolsar R$ 600,00 mensais somente pelo período diurno, mais os encargos trabalhistas.
“Aqui funciona como um centro-dia de atendimento. Nossa ação previne o internamento do idoso em uma casa de repouso ou asilo. Oferecemos condições para que o idoso não perca o vínculo familiar”, destaca Vânia, informando que a creche tem capacidade para 30 senhores e senhoras. “Temos também uma segunda unidade, aberta este ano no Espaço Conviver Caiçara, onde há mais 20 vagas”.
Projeto pioneiro desperta a atenção de outras cidades
O sucesso da criação da Creche do Idoso já ultrapassou os limites de Praia Grande. Com a divulgação da iniciativa pela internet e em diversas reportagens produzidas por jornais e emissoras de tevê, municípios de vários pontos do estado e organizações não-governamentais se interessaram em conhecer de perto o trabalho.
“Recentemente recebemos representantes de Santa Fé do Sul, Hortolândia e Peruíbe, entre outros municípios. Vieram ver de perto como funciona o sistema que tem obtido excelentes resultados”, informa a pedagoga Neuracy da Cunha Gomes, diretora do Espaço Conviver Guilhermina.
Proteção – Quem visita a unidade, na Rua Praia dos Sonhos, via paralela à Avenida São Paulo, se surpreende com as instalações. Logo após cruzar o alto portão de madeira, o visitante se depara com uma ampla área gramada com solário e piscina, onde ocorrem aulas de hidroginástica.
Já na casa principal, que concentra as atividades administrativas, chama a atenção a confortável sala de estar com tevê, biblioteca e ampla área para confraternizações. Em anexo está a cozinha, onde há aulas de culinária, com os próprios idosos preparando o lanche da tarde.
No outro extremo do amplo jardim, um agradável pavilhão coberto com mesas e cadeiras, perfeito para jogar, conversar ou desenvolver alguma atividade manual. Ao lado, a sala de descanso, com camas e sofás. “As camas estão sempre vazias. Oferecemos tantas atividades que ninguém gosta de passar o dia deitado”, afirma Neuracy Gomes.
A pedagoga faz questão de destacar a alimentação balanceada oferecida aos “matriculados” na creche. Logo na chegada, às 8 horas, recebem café da manhã. Depois, tem o almoço e, à tarde, lanche. Para os hipertensos ou portadores de diabetes há pratos diferenciados. “Eles recebem uma alimentação equilibrada e saudável. Em casa, por estarem muitas vezes sozinhos, acabam abusando dos doces, frituras. Ou então não se alimentam direito. Aqui, acompanhamos de perto cada um deles”.
Com a alimentação correta, muitos conseguem reduzir as doses de medicamentos. Mas não é apenas o corpo que agradece. “Há mudança também no humor”, frisa Neuracy. “Há aqueles que chegam aqui com baixa auto-estima, deprimidos por não terem com quem conversar o dia inteiro. Em poucas semanas isso muda drasticamente. Não só se livram de medicamentos contra a depressão como também passam a ter mais prazer em viver. Não são poucos os que se queixam dos feriados e finais de semana, quando a creche está fechada. Eles adoram freqüentar esse espaço. Fazem novos amigos. Resgatam um vínculo com a comunidade”.
Confira a programação do Espaço Conviver Guilhermina e da Creche do Idoso:
“Muitas vezes fica difícil conciliar a atividade profissional com o cuidado permanente com os pais idosos”, afirma a assistente social Vânia Gimenez, chefe da Divisão da Terceira Idade. “Com a creche, os idosos não ficam isolados em casa enquanto os filhos estão no trabalho. Mas também não perdem o contato com seus familiares, o que é fundamental”.
Diferente de um asilo, onde a permanência é em regime de internação, na creche os idosos passam apenas o dia – das 8 às 17 horas – de segunda a sexta-feira. “Os filhos podem trabalhar tranqüilos porque aqui sabem que seus pais ficam longe da depressão, do isolamento. Aqui há convivência, movimento, vida”, enfatiza Vânia Gimenez.
Na faixa etária de 63 a 93 anos, os idosos da creche instalada no Espaço Conviver Guilhermina recebem assistência multidisciplinar em período integral e contam com plantão de serviço social exclusivo. “São levados para consultas médicas inclusive na Capital. Caso haja necessidade, recebem cesta básica de alimentos e assistência na obtenção de documentos”, detalha Vânia.
A Prefeitura também oferece transporte da residência até a creche caso os filhos não tenham condições de levar os pais. “Todo o atendimento é gratuito”, frisou Vânia. Clínicas ou casas de repouso particulares cobram, em média, R$ 500,00 somente pela permanência diurna do idoso. Caso a família decida pela contratação de um profissional particular, um auxiliar de enfermagem, por exemplo, terá de desembolsar R$ 600,00 mensais somente pelo período diurno, mais os encargos trabalhistas.
“Aqui funciona como um centro-dia de atendimento. Nossa ação previne o internamento do idoso em uma casa de repouso ou asilo. Oferecemos condições para que o idoso não perca o vínculo familiar”, destaca Vânia, informando que a creche tem capacidade para 30 senhores e senhoras. “Temos também uma segunda unidade, aberta este ano no Espaço Conviver Caiçara, onde há mais 20 vagas”.
Projeto pioneiro desperta a atenção de outras cidades
O sucesso da criação da Creche do Idoso já ultrapassou os limites de Praia Grande. Com a divulgação da iniciativa pela internet e em diversas reportagens produzidas por jornais e emissoras de tevê, municípios de vários pontos do estado e organizações não-governamentais se interessaram em conhecer de perto o trabalho.
“Recentemente recebemos representantes de Santa Fé do Sul, Hortolândia e Peruíbe, entre outros municípios. Vieram ver de perto como funciona o sistema que tem obtido excelentes resultados”, informa a pedagoga Neuracy da Cunha Gomes, diretora do Espaço Conviver Guilhermina.
Proteção – Quem visita a unidade, na Rua Praia dos Sonhos, via paralela à Avenida São Paulo, se surpreende com as instalações. Logo após cruzar o alto portão de madeira, o visitante se depara com uma ampla área gramada com solário e piscina, onde ocorrem aulas de hidroginástica.
Já na casa principal, que concentra as atividades administrativas, chama a atenção a confortável sala de estar com tevê, biblioteca e ampla área para confraternizações. Em anexo está a cozinha, onde há aulas de culinária, com os próprios idosos preparando o lanche da tarde.
No outro extremo do amplo jardim, um agradável pavilhão coberto com mesas e cadeiras, perfeito para jogar, conversar ou desenvolver alguma atividade manual. Ao lado, a sala de descanso, com camas e sofás. “As camas estão sempre vazias. Oferecemos tantas atividades que ninguém gosta de passar o dia deitado”, afirma Neuracy Gomes.
A pedagoga faz questão de destacar a alimentação balanceada oferecida aos “matriculados” na creche. Logo na chegada, às 8 horas, recebem café da manhã. Depois, tem o almoço e, à tarde, lanche. Para os hipertensos ou portadores de diabetes há pratos diferenciados. “Eles recebem uma alimentação equilibrada e saudável. Em casa, por estarem muitas vezes sozinhos, acabam abusando dos doces, frituras. Ou então não se alimentam direito. Aqui, acompanhamos de perto cada um deles”.
Com a alimentação correta, muitos conseguem reduzir as doses de medicamentos. Mas não é apenas o corpo que agradece. “Há mudança também no humor”, frisa Neuracy. “Há aqueles que chegam aqui com baixa auto-estima, deprimidos por não terem com quem conversar o dia inteiro. Em poucas semanas isso muda drasticamente. Não só se livram de medicamentos contra a depressão como também passam a ter mais prazer em viver. Não são poucos os que se queixam dos feriados e finais de semana, quando a creche está fechada. Eles adoram freqüentar esse espaço. Fazem novos amigos. Resgatam um vínculo com a comunidade”.
Confira a programação do Espaço Conviver Guilhermina e da Creche do Idoso: