Japoneses serão homenageados em PG
Cidade promoverá eventos para celebrar 100 anos de imigração japonesa
8/2/2008

Estagiária: Caroline Binato – sob supervisão da jornalista Tatiana Giulietti
Em 1908, atracava no Porto de Santos o navio Kasato-Maru que trazia os primeiros imigrantes japoneses. Em busca de prosperidade e trabalho, os descendentes da terra do sol nascente desembarcaram no solo brasileiro e se espalharam pelas cidades paulistas, dentre elas, Praia Grande.
Para comemorar os 100 anos de imigração, a Prefeitura montou uma comissão com a responsabilidade de criar projetos em homenagem à comunidade japonesa. Além de Antonio Carlos da Silva e Rita Aparecida Gomes, representando a Secretaria de Turismo, outros servidores compõem a comissão.
“Há também representantes das secretarias de Educação e Cultura e Eventos. A intenção é incluir a data no calendário de eventos da Cidade”, informa Silva, coordenador de Promoção e Apoio Turístico. “Promoveremos projetos voltados à gastronomia e exposições de plantas, artes e armas marciais”. O objetivo é atrair público de todas as idades. “Vamos explorar todas as segmentações religiosas e culturais do Japão”.
O coordenador conta que a história de Praia Grande tem uma forte presença da comunidade japonesa. Com a inauguração da Ponte Pênsil, em São Vicente, os japoneses formaram sítios no local onde, atualmente, está localizada a Fortaleza de Itaipu. “Eles cultivavam frutas como a carambola, o caju e a banana”.
Algumas publicações da escritora Circe Toschi, mãe do vereador Heitor Orlando Sanchez Toschi, indicam registros de pescadores japoneses. “Havia dois líderes na comunidade, Kachiamoto e Shnatano”, informa Silva.
Além da pesca, a comunidade participou do crescimento urbano do Município. “A família Yamashiro contribuiu com doações para a inauguração da escola pública Ginásio Estadual de Praia Grande, em 1966, no atual Bairro do Jardim Guilhermina”.
Para Silva, é relevante levar ao público a importância destes fatos. “Não devemos comemorar somente os 100 anos de imigração. Temos de lembrar sempre que eles fizeram parte da história de Praia Grande e de toda a região”.
Imigração – A abolição da escravatura no Brasil em 1888 dá novo impulso à vinda de imigrantes europeus, cujo início se deu com os alemães em 1824. Em 1895 é assinado o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão. Um ano antes, o deputado japonês Tadashi Nemoto estivera no Brasil e recomendou o envio de japoneses ao Brasil, fato que atendia uma necessidade do Japão, que passava por dificuldades econômicas. Inicia-se uma campanha para encorajar os japoneses a imigrarem. O Peru recebeu os imigrantes antes, mas por falta de infra-estrutura, muitos deles fugiram para o Brasil.
O Governo do Estado de São Paulo apoiou a vinda dos japoneses, e em 1906, Ryu Mizuno, da Companhia Imperial de Imigração chegou para inspecionar regiões agrícolas, acompanhado de Teijiro Suzuki.
Mizuno retorna ao Brasil no ano seguinte e assina acordo com o Governo do Estado para a introdução de 3 mil imigrantes nos próximos três anos. Cinco intérpretes acompanham os trabalhadores do primeiro navio de imigrantes.
Com 781 japoneses a bordo, o Kasato-Maru aporta em Santos. De lá eles são transportados para a hospedaria dos imigrantes, em São Paulo, onde são divididos em seis grupos. A imigração na cafeicultura começa com péssimos resultados. Um ano depois, dos 781 imigrantes, apenas 191 permanecem nos locais de trabalho. A maioria estava em São Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigração continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910.
Fonte: www.culturajaponesa.com.br
Em 1908, atracava no Porto de Santos o navio Kasato-Maru que trazia os primeiros imigrantes japoneses. Em busca de prosperidade e trabalho, os descendentes da terra do sol nascente desembarcaram no solo brasileiro e se espalharam pelas cidades paulistas, dentre elas, Praia Grande.
Para comemorar os 100 anos de imigração, a Prefeitura montou uma comissão com a responsabilidade de criar projetos em homenagem à comunidade japonesa. Além de Antonio Carlos da Silva e Rita Aparecida Gomes, representando a Secretaria de Turismo, outros servidores compõem a comissão.
“Há também representantes das secretarias de Educação e Cultura e Eventos. A intenção é incluir a data no calendário de eventos da Cidade”, informa Silva, coordenador de Promoção e Apoio Turístico. “Promoveremos projetos voltados à gastronomia e exposições de plantas, artes e armas marciais”. O objetivo é atrair público de todas as idades. “Vamos explorar todas as segmentações religiosas e culturais do Japão”.
O coordenador conta que a história de Praia Grande tem uma forte presença da comunidade japonesa. Com a inauguração da Ponte Pênsil, em São Vicente, os japoneses formaram sítios no local onde, atualmente, está localizada a Fortaleza de Itaipu. “Eles cultivavam frutas como a carambola, o caju e a banana”.
Algumas publicações da escritora Circe Toschi, mãe do vereador Heitor Orlando Sanchez Toschi, indicam registros de pescadores japoneses. “Havia dois líderes na comunidade, Kachiamoto e Shnatano”, informa Silva.
Além da pesca, a comunidade participou do crescimento urbano do Município. “A família Yamashiro contribuiu com doações para a inauguração da escola pública Ginásio Estadual de Praia Grande, em 1966, no atual Bairro do Jardim Guilhermina”.
Para Silva, é relevante levar ao público a importância destes fatos. “Não devemos comemorar somente os 100 anos de imigração. Temos de lembrar sempre que eles fizeram parte da história de Praia Grande e de toda a região”.
Imigração – A abolição da escravatura no Brasil em 1888 dá novo impulso à vinda de imigrantes europeus, cujo início se deu com os alemães em 1824. Em 1895 é assinado o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão. Um ano antes, o deputado japonês Tadashi Nemoto estivera no Brasil e recomendou o envio de japoneses ao Brasil, fato que atendia uma necessidade do Japão, que passava por dificuldades econômicas. Inicia-se uma campanha para encorajar os japoneses a imigrarem. O Peru recebeu os imigrantes antes, mas por falta de infra-estrutura, muitos deles fugiram para o Brasil.
O Governo do Estado de São Paulo apoiou a vinda dos japoneses, e em 1906, Ryu Mizuno, da Companhia Imperial de Imigração chegou para inspecionar regiões agrícolas, acompanhado de Teijiro Suzuki.
Mizuno retorna ao Brasil no ano seguinte e assina acordo com o Governo do Estado para a introdução de 3 mil imigrantes nos próximos três anos. Cinco intérpretes acompanham os trabalhadores do primeiro navio de imigrantes.
Com 781 japoneses a bordo, o Kasato-Maru aporta em Santos. De lá eles são transportados para a hospedaria dos imigrantes, em São Paulo, onde são divididos em seis grupos. A imigração na cafeicultura começa com péssimos resultados. Um ano depois, dos 781 imigrantes, apenas 191 permanecem nos locais de trabalho. A maioria estava em São Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigração continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910.
Fonte: www.culturajaponesa.com.br