Colônias de férias oferecem conforto e preço acessível

Na baixa temporada, não associados podem ficar hospedados nas colônias

2/4/2008

Estagiário Ivo Felipe sob supervisão de Melchior de Castro Jr Mtb. 15.702

Passar um final de semana em Praia Grande, fora da alta temporada, pode não sair tão caro para o turista. A Cidade, que é uma das mais procuradas nos períodos de Natal, Ano Novo e carnaval, pode ser visitada por preço acessível nos meses considerados de baixa temporada, de março a novembro. Isso acontece porque algumas colônias de férias situadas na Avenida dos Sindicatos, no Bairro Mirim, fazem reservas para não associados nos finais de semana que não envolvem períodos de festas nem feriados prolongados.

A Colônia de Férias dos Comerciários, por exemplo, já virou ponto de referência em Praia Grande. Moderno complexo de frente para a praia, o lugar é considerado “quatro estrelas”, já que conta com estrutura de dar inveja a muitos hotéis da região. Segundo a auxiliar administrativa da unidade e técnica em turismo, Eliade Mendes Santos Gomes, a possibilidade de abrir vagas de hospedagem para pessoas não associadas é um avanço para o turismo da Cidade. “Isso alavanca o fluxo de turistas no período de baixa temporada e, consequentemente, traz diversos benefícios à região”.

A colônia atende cerca de 300 pessoas por final de semana. Destes, cerca de 100 não são associados e, segundo Eliade, “todos, sem exceção, saem satisfeitos com o serviço oferecido e por terem ficado em Praia Grande”.

O guia turístico eletrônico Rota PG, da Prefeitura de Praia Grande, informa que a Colônia dos Comerciários conta com 163 apartamentos, lavanderia, cinema, academia, duas piscinas semi-olímpicas (adulto), piscina infantil, recreação, sauna, salão de jogos, lan house, auditório, salão de festas e anfiteatro. A diária custa R$ 65,00 por pessoa (não associado), incluindo café da manhã, almoço e jantar. O endereço é Avenida dos Sindicatos, 8.420. Para mais informações e reservas, telefone (13) 3496-2600.

Outro sindicato que também atende pessoas que não fazem parte de seu quadro associativo é o da Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado de São Paulo. A gerente da unidade, Iridy Nogueira Kugler, comenta que esse serviço valoriza o turismo em Praia Grande. “É importante para a Cidade e para nós. Com essa opção, temos maior movimento e podemos investir mais em infra-estrutura”.

Entre os inúmeros turistas que já passaram pela Colônia de Férias dos Empregados em Turismo e Hospitalidade, Iridy destaca dois grupos: um time de jogadores de basquete da República Dominicana, que ficou no local por um mês; e a equipe de handebol de Aracaju. “Eles optaram por nossa colônia pelo fato de ser mais barato e ter boa estrutura. Ficaram maravilhados com o ambiente. E para nós, foi uma experiência única”.

O site Rota PG informa que a Colônia dos Empregados em Turismo e Hospitalidade tem 24 apartamentos, sala de TV, salão de jogos, piscina, churrasqueira, além de oferecer café da manhã, almoço e jantar. A diária para não associados é de R$ 40,00. A unidade tem apartamentos para até nove pessoas. O endereço é Avenida dos Sindicatos, 625. Para informações e reservas, telefone (13) 3494-2579.

Quem também oferece serviços de hotelaria é a colônia da Federação dos Metalúrgicos. O administrador Gilberto Alves Souza afirma que essa opção é essencial para manter, durante todo o ano, o bom nível turístico que a Cidade tem. Souza frisa ainda que as colônias estão cada vez mais se aproximando do nível de atendimento que existe nos hotéis, mas mantendo o preço e o clima descontraído de um sindicato.

Segundo o guia Rota PG, a Colônia dos Metalúrgicos, na Avenida dos Sindicatos, 163, telefone (13) 3494-2784, tem 108 apartamentos com TV, piscina e salão de jogos. A diária – R$ 45,00 por pessoa - inclui café da manhã, almoço e jantar.

Avenida – Maior complexo de colônias de férias da América Latina, a Avenida dos Sindicatos conta com 32 colônias em seus 1.260 metros de extensão. São aproximadamente 9 mil leitos e uma estrutura de qualidade que pode atender turistas de todos os pontos do País.

Segundo a Secretaria de Turismo da Cidade (Setur), por volta de 1870, o imigrante português Francisco Antônio da Silva, proprietário do sítio Boaguassu, faleceu e deixou em testamento para seus escravos a área compreendida entre o atual bairro Ocian e a divisa com Mongaguá. A determinação era de que nenhum deles poderia vender suas respectivas partes. Porém, quatro de seus escravos acabaram dispondo de suas terras para uma construtora e, em 1911, o Estado acabou contestando as terras, por ter percebido que o contrato de venda estava irregular.

Em 1962, uma comissão de representantes de vários sindicatos (metalúrgicos, gráficos, comerciários e têxteis) requisitou à Secretaria Estadual do Trabalho uma área para a construção das colônias para essas categorias. Já em 1969 uma área foi doada pelo então governador do Estado, Carvalho Pinto, para a Federação dos Trabalhadores de São Paulo. O termo de doação foi entregue em 1º de maio de 1973.

Uma reurbanização em 2006 presenteou a avenida com calçadas mais largas. Também foram construídos 34 boxes para o comércio local, com cobertura moderna e um posto turístico que funciona diariamente das 9 às 18 horas, em um investimento total de R$ 600 mil. Os comerciantes passaram a chamar o local de “Complexo Comercial da Avenida dos Sindicatos”.

Rota PG – o site elaborado pela Prefeitura de Praia Grande é um guia de informações da Cidade. Restaurantes, pizzarias, chaveiros, farmácias e diversos outros serviços podem ser encontrados no endereço eletrônico. Além de disponibilizar todos os dados das colônias que oferecem hospedagem para não associados, também dá opção ao turista de conhecer os hotéis e as pousadas da Cidade. O link para acesso ao site está no www.praiagrande.sp.gov.br/pgnoticias.