Planejamento garante uma velhice saudável e feliz
Convívio social e voluntariado podem afastar a depressão
Por Nádia Almeida | 30/5/2008

Dezesseis idosos do programa Conviver Guilhermina estão inscritos, como atletas, na final estadual da 12ª edição dos Jogos Regionais do Idoso. Eles disputarão um lugar no pódio no atletismo, dama, vôlei e dança de salão. Mas, independentemente da classificação, são vitoriosos porque desfizeram estigmas e provaram, através da atividade física, que é possível envelhecer com saúde, alegria e qualidade de vida. O evento ocorre de 11 a 15 de junho, em São José dos Campos.
O médico geriatra Sérgio Luiz Rodrigues do Nascimento, responsável pela avaliação clínica da delegação, recomenda uma fórmula bastante simples para entrar na Terceira Idade sem as doenças mais comuns dessa faixa etária: hipertensão, diabetes e problemas articulares, incluindo osteoporose, nas mulheres. Basta adotar uma alimentação equilibrada, praticar exercícios (físicos e mentais) e ter objetivos, atitudes que podem se resumir numa palavra: planejamento.
“Observo que a pessoa, às vezes, não se programa e pensa que aposentadoria é parar com tudo”, expõe. “Começa uma nova fase. O tempo que ela queria agora tem disponível, só que não sabe aproveitá-lo. Os filhos vão embora de casa e os pais caem em depressão. A vida é outra. Se não se programar, não criar estímulos para fazer algo, a situação se complica.”
Nascimento frisa que as doenças físicas que atingem quem tem mais de 60 anos são, em geral, conseqüências do que ocorre durante a vida. “Se a pessoa faz prevenção ao longo dos anos, esses problemas serão minimizados”, orienta.
O tabagismo está no topo do ranking dos maus hábitos. “A pessoa já fumou a vida toda e pensa que não adianta parar. Adianta muito porque evita piorar”, alerta.
Alimentos - Item básico da fórmula é a nutrição. Mas o médico frisa que não se trata de dieta nem regime, e sim de uma alimentação controlada e balanceada. “A pessoa pode comer de tudo; comer deve ser um prazer, mas evitando excesso de doces, massas, gorduras”, esclarece.
Outro ingrediente importante é a adoção de uma atividade física. “Pode ser o que a pessoa gostar, nada exagerado ou obrigado, algo como uma simples caminhada ou andar de bicicleta, natação, hidroginástica”, prossegue. “Depende de cada pessoa escolher o que gosta e o que precisa.” Para alguém com artrose, o mais indicado seria a hidroginástica. No caso de osteoporose, mais caminhadas ao sol.
Para ele, os atletas se encaixam no grupo com a melhor saúde, tanto no aspecto psicológico quanto no físico. “Eles têm um objetivo, saem de casa e contam com acompanhamento médico. Os que têm hipertensão, tomam medicação e fazem atividades físicas. Às vezes, a pressão normaliza e se reduz a medicação”, afirma.
Como tão fundamental quanto cuidar do corpo é zelar pela mente, o médico recomenda o convívio social, “um remédio excelente; bom e barato”, e até voluntariado. “Pessoas que têm algumas habilidades, e gostam, podem atuar como voluntários em casas de repouso, creches, hospitais. O segredo é ter um objetivo e trabalhar com ele.”
E para exercitar a mente, qualquer atividade intelectual é boa, diz o médico. “Palavra-cruzada, leitura, jogos, quebra-cabeças são coisas simples com bom efeito.”
Família - Atuando no Centro de Especialidades (Cemas) e na Creche do Idoso, Nascimento ressalta que as famílias também devem se planejar para lidar com problemas graves que podem acometer seus idosos, como o Mal de Alzheimer e Parkinson.
“São doenças sérias na Terceira Idade, que comprometem todos os familiares, mesmo os filhos que moram fora, porque os idosos começam a ficar totalmente dependentes para as atividades normais, como comer e tomar banho; não podem sair sozinhos”, especifica. “A família precisa se preparar para esse eventual problema. Esquecimentos, por exemplo, podem ser da idade, mas exigem avaliação médica porque podem sinalizar o início.”
No Cemas, o atendimento é por encaminhamento dos generalistas ou clínicos gerais das unidades básicas, com consultas marcadas. Nessa unidade, o geriatra atende casos específicos, como pacientes apresentando polipatologias (muitas doenças) ou que tomam muitas medicações. Idosos com falhas constantes de memória também são encaminhados e lá passam por testes para um diagnóstico mais preciso.
O médico geriatra Sérgio Luiz Rodrigues do Nascimento, responsável pela avaliação clínica da delegação, recomenda uma fórmula bastante simples para entrar na Terceira Idade sem as doenças mais comuns dessa faixa etária: hipertensão, diabetes e problemas articulares, incluindo osteoporose, nas mulheres. Basta adotar uma alimentação equilibrada, praticar exercícios (físicos e mentais) e ter objetivos, atitudes que podem se resumir numa palavra: planejamento.
“Observo que a pessoa, às vezes, não se programa e pensa que aposentadoria é parar com tudo”, expõe. “Começa uma nova fase. O tempo que ela queria agora tem disponível, só que não sabe aproveitá-lo. Os filhos vão embora de casa e os pais caem em depressão. A vida é outra. Se não se programar, não criar estímulos para fazer algo, a situação se complica.”
Nascimento frisa que as doenças físicas que atingem quem tem mais de 60 anos são, em geral, conseqüências do que ocorre durante a vida. “Se a pessoa faz prevenção ao longo dos anos, esses problemas serão minimizados”, orienta.
O tabagismo está no topo do ranking dos maus hábitos. “A pessoa já fumou a vida toda e pensa que não adianta parar. Adianta muito porque evita piorar”, alerta.
Alimentos - Item básico da fórmula é a nutrição. Mas o médico frisa que não se trata de dieta nem regime, e sim de uma alimentação controlada e balanceada. “A pessoa pode comer de tudo; comer deve ser um prazer, mas evitando excesso de doces, massas, gorduras”, esclarece.
Outro ingrediente importante é a adoção de uma atividade física. “Pode ser o que a pessoa gostar, nada exagerado ou obrigado, algo como uma simples caminhada ou andar de bicicleta, natação, hidroginástica”, prossegue. “Depende de cada pessoa escolher o que gosta e o que precisa.” Para alguém com artrose, o mais indicado seria a hidroginástica. No caso de osteoporose, mais caminhadas ao sol.
Para ele, os atletas se encaixam no grupo com a melhor saúde, tanto no aspecto psicológico quanto no físico. “Eles têm um objetivo, saem de casa e contam com acompanhamento médico. Os que têm hipertensão, tomam medicação e fazem atividades físicas. Às vezes, a pressão normaliza e se reduz a medicação”, afirma.
Como tão fundamental quanto cuidar do corpo é zelar pela mente, o médico recomenda o convívio social, “um remédio excelente; bom e barato”, e até voluntariado. “Pessoas que têm algumas habilidades, e gostam, podem atuar como voluntários em casas de repouso, creches, hospitais. O segredo é ter um objetivo e trabalhar com ele.”
E para exercitar a mente, qualquer atividade intelectual é boa, diz o médico. “Palavra-cruzada, leitura, jogos, quebra-cabeças são coisas simples com bom efeito.”
Família - Atuando no Centro de Especialidades (Cemas) e na Creche do Idoso, Nascimento ressalta que as famílias também devem se planejar para lidar com problemas graves que podem acometer seus idosos, como o Mal de Alzheimer e Parkinson.
“São doenças sérias na Terceira Idade, que comprometem todos os familiares, mesmo os filhos que moram fora, porque os idosos começam a ficar totalmente dependentes para as atividades normais, como comer e tomar banho; não podem sair sozinhos”, especifica. “A família precisa se preparar para esse eventual problema. Esquecimentos, por exemplo, podem ser da idade, mas exigem avaliação médica porque podem sinalizar o início.”
No Cemas, o atendimento é por encaminhamento dos generalistas ou clínicos gerais das unidades básicas, com consultas marcadas. Nessa unidade, o geriatra atende casos específicos, como pacientes apresentando polipatologias (muitas doenças) ou que tomam muitas medicações. Idosos com falhas constantes de memória também são encaminhados e lá passam por testes para um diagnóstico mais preciso.