Praia Grande restringe tráfego de caminhões

Medida garante mais segurança e fluidez ao trânsito

Por Lorena Flosi | 2/7/2008

O motorista de veículo de carga ou de grande porte que trafegar por Praia Grande sem ter como destino final a própria Cidade está sujeito à multa de R$ 85,13, além de ganhar quatro pontos na carteira de habilitação. A medida, que vale tanto para a Via Expressa Sul quanto para as ruas e avenidas do perímetro urbano, garante mais segurança e mobilidade no trânsito do Município desde 2002.

“Nossa malha urbana não comporta esse tipo de transporte”, afirma o secretário de Trânsito e Transportes do Município, Antônio Freire de Carvalho Filho. “A avenida da praia, por exemplo, tem características turísticas. É estreita tem baixo limite de velocidade. Já a Via Expressa se destina a deslocamentos maiores, mas dentro dos limites do Município. O tráfego contínuo desse tipo de veículo causaria transtornos”.

Além de tornar o trânsito mais lento e perigoso para pedestres e motoristas, o tráfego contínuo de veículos de grande porte prejudica a estrutura das vias, acentuando o desgaste do asfalto. O resultado é o surgimento de trincas e buracos, exigindo mais investimento em manutenção.

“Muitos desses caminhões passam por Praia Grande com destino ao Porto de Santos, ou ao pólo petroquímico de Cubatão e usam a Via Expressa como forma de burlar o pedágio da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega”, alerta Freire. “Não tem sentindo fazer uso da Via Expressa, que é projetada para o trânsito urbano, sem características de rodovia”.

Veículos que estiverem realizando serviços no Município, transportando carga, combustíveis, lixo, mudança residencial ou ainda efetuando socorro automotivo estão livres da restrição. Os motoristas que entram em Praia Grande são avisados da proibição através de duas placas instaladas na Rodovia dos Imigrantes e no viaduto da Curva do “S”, altura do bairro Maracanã.

Acidentes - Composta por 1,2 milhão de veículos, a frota brasileira de caminhões responde atualmente por 63% da carga transportada no País. Os veículos, em sua maioria, têm mais de 14 anos e estão mal conservados. Com idade tão avançada, não é de estranhar que se destaquem nas estatísticas de acidentes. Na região metropolitana de São Paulo, onde representam apenas 3,5% dos veículos em circulação, respondem por 15% do total das multas.

Resumindo: os caminhões cometem, proporcionalmente, cinco vezes mais infrações que os demais veículos. Na Via Dutra, por exemplo, de cada mil acidentes com veículos em geral, metade deles envolve direta ou indiretamente os caminhões.

Fonte: http://autoesporte.globo.com