Palestra na Usafa Mirim II aborda a conscientização da população sobre o autismo

Temas debatidos foram sobre as fases de desenvolvimento e os sinais de alerta

Por: MILENA MURETI (estagiária) MTB: | 25/04/2025

Foto Richard Aldrin / Prefeitura de Praia Grande


Uma palestra foi realizada na última quinta-feira (24) e abordou o que é o autismo, as fases de desenvolvimento da criança e os sinais de alerta para procurar um especialista. O bate-papo ocorreu na Unidade de Saúde da Família (Usafa) Mirim II, que teve a abertura com a médica Victória Marcos Espin e a médica residente Letícia Silva, que explicaram que é essencial ter um olhar cuidadoso com as crianças. Elas destacaram ainda que quando os pais perceberem algum sintoma de Transtorno de Espectro Autista (TEA) é preciso procurar a escola para obter o relatório com as causas e apresentar para o médico de família da Usafa. O evento contou ainda com a presença de duas mães atípicas que relataram suas histórias e comentaram como foi essencial o trabalho dos médicos da unidade de saúde.

 

A residente Letícia Silva explicou que o espectro autista conta com características como dificuldade em se comunicar, falta de interação social e perda de habilidades já adquiridas. O diagnóstico já pode ser declarado de zero a quatro meses de idade, porém, o definitivo é quando a criança atinge os dois anos “É essencial a análise para investigar desde cedo se a criança apresenta alguns sintomas para não ter tantos prejuízos e auxiliar os pais nas dificuldades”.

 

A idealizadora do projeto Casa da Mãe Atípica, Fabiana Novo, relatou que teve a intenção de criar o trabalho para servir como rede de apoio para mães que têm filhos com TEA. Os serviços oferecidos são terapia ocupacional, pedagogia, psicologia, entre outros. “A maternidade atípica envolve muitos desafios, dores e algumas lágrimas no meio do caminho, mas tem um amor incondicional da criança com a mãe, tem muita ressignificação, descobertas e força para lutar e colocar em prática para seguir em frente”.

 

A mãe atípica Renata Rosa comentou que desenvolveu um grupo que se chama “Autismo Diversão”, que organiza festas para crianças com TEA. “Os primeiros sinais do meu filho apareceram a partir dos três anos e foram percebidos pela babá, pois, ele apresentava convulsões desde bebê e através da Usafa, que deu todo o suporte e os encaminhamentos para os especialistas. Ser mãe atípica é cheio de altos e baixos, desafios, mas que transmite uma força incondicional”.