Praia Grande recebe Encontro de Humanização em Saúde da Baixada Santista
Evento reuniu profissionais de toda a Região e do Governo do Estado
Por: RODRIGO HERRERO MTB: 46.260 | 27/06/2025
A Prefeitura de Praia Grande sediou nesta sexta-feira (27) a reunião do Grupo de Trabalho de Humanização da Saúde da Baixada Santista. O encontro ocorreu no Auditório Jornalista Roberto Marinho, no Bairro Mirim, e envolveu os nove municípios da Região, com o objetivo de discutir a humanização nos processos de trabalho e da assistência à saúde dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
O evento foi promovido pelo Grupo de Trabalho de Humanização em Saúde, da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande, e contou com a participação do secretário de Saúde praia-grandense, Isaías Lima; da secretária de Diversidade e Inclusão (Sedi), Vera Benício; de Cristiane Marchiori, do Núcleo Técnico de Humanização da Secretaria Estadual da Saúde; da articuladora de Humanização do Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista (DRS-IV), Mara Regina. Também participaram membros da Comissão de Humanização do Complexo Hospitalar Irmã Dulce (CHID), profissionais das Unidades de Saúde da Família (Usafas), representantes dos municípios e da rede hospitalar da Região.
Lima ressaltou a importância de levar a humanização dos discursos para a prática cotidiana do SUS. “A humanização ocorre no gesto, na ação. A gente precisa trazer isso para o nosso dia a dia. É preciso olhar para as pessoas com carinho e atenção. Cada dor importa, cada sofrimento importa e nós fomos escolhidos para manejar tudo isso, olhar cada um na sua especificidade, na sua necessidade, na sua angústia e no seu desejo. Precisamos fazer com que o SUS não seja só o maior do mundo, mas sim o melhor do mundo”.
Em 2025, inclusive, o Governo Federal estabeleceu, através de lei, a atenção humanizada como princípio no SUS. Isso significa que a humanização passa a nortear as ações e os serviços públicos de saúde.
A articuladora de Humanização do Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista (DRS-IV), Mara Regina, reforçou a necessidade de se incorporar cada vez mais os conceitos relacionados à humanização. “A Região tem uma identidade forte em relação à humanização, mas também carregamos muita responsabilidade no sentido de expandir essa política cada vez mais na Baixada”.
Durante a atividade, o coordenador-geral do Grupo de Trabalho de Humanização em Saúde da Sesap e responsável pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS), Guilherme Augusto Braga da Silva, apresentou a Política Municipal de Humanização (PMH) de Praia Grande. Também foram exibidas as ações de humanização efetuadas pela Comissão do CHID, incluindo informações sobre a Comissão de Cuidados Paliativos, através da apresentação do enfermeiro Daniel Eloy Fernandes Guimarães, da Educação Permanente do CHID.
Em um momento de acolhimento, integração e descontração, foram promovidas duas atividades. A primeira foi uma prática de ginástica cerebral, desenvolvida pela agente comunitária de saúde da Usafa Forte, Andrea Cristina Sividanis. Em seguida, a cirurgiã-dentista da Usafa Quietude, Beatriz Tostes de Figueiredo, fez uma apresentação musical, adiantando o início do projeto de criação de um coral da Sesap para promover lazer e bem-estar aos servidores. A profissional cantou duas canções: “Somos Quem Podemos Ser”, dos Engenheiros do Hawaii, e “Laços”, de Nando Reis.
Na retomada das apresentações, a médica Maíra Seidl, do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) de Praia Grande, apresentou o trabalho realizado pelo serviço. Ela enfatizou a importância da transição do cuidado para a continuidade do atendimento em casa do paciente que recebe alta.
O evento foi encerrado com uma palestra de Cristiane Marchiori, do Núcleo Técnico de Humanização da Secretaria Estadual da Saúde. Ela teceu elogios ao Plano Municipal de Humanização de Praia Grande e às ações desenvolvidas pelo Município, em especial o SUS de Ouro, que faz parte da EXPOSaúde, evento anual desenvolvido pela Sesap que reúne os profissionais de saúde para apresentar seus trabalhos e premiar os melhores e mais inovadores projetos e experiências desenvolvidos no âmbito do SUS.
“O que vocês fazem ali é de uma preciosidade, é dar visibilidade ao SUS de todo o dia. Quando a gente fala em gestão participativa e valorização do trabalho e do trabalhador é trazer o trabalhador e o que ele faz. Mesmo que não ganhe o troféu, só de ir lá e falar sobre seu trabalho é de uma alegria. A humanização faz muito essas trocas e isso pode ser replicado em cada unidade, em uma reunião de equipe, não usar o espaço só para cobrar, mas também para o profissional falar do seu trabalho”, afirma Cristiane.