Jovens aprendizes da Prefeitura de PG comemoram o Dia do Patrulheiro cheios de planos

Data foi instituída por uma legislação municipal de 1999

Por Ludmila Pilipavicius | 17/5/2022

Eles são sempre vistos pelos corredores da Prefeitura de Praia Grande e de outros prédios da Administração Municipal. Quase sempre estão com processos nas mãos, sempre uniformizados e atentos ao trabalho. Mais conhecidos como “patrulheiros”, eles são os jovens aprendizes do Camp PG (Centro de Aprendizagem Metódica e Prática de Praia Grande-CAMP-PG) e comemoram nesta terça-feira (17) a data instituída em sua homenagem: o Dia do Patrulheiro.

A data foi instituída por meio de uma lei municipal em alusão ao dia de fundação do Camp, em 1974. De lá pra cá, milhares de adolescentes já passaram pela instituição e, muitos deles, trabalhando na Prefeitura, a maior empregadora dos jovens aprendizes na Cidade.

Entre esses jovens estão Geovanna Aparecida Nunes Malaquias, de 17 anos; Brenda Kiil Pereira da Silva, de 16 anos; Gustavo Rangel Fonseca, 16 anos; e Rafaela de Oliveira Santos, também de 17. Eles trabalham em diferentes secretarias da Prefeitura e são unânimes em afirmar que ser patrulheiro é uma ótima oportunidade não apenas profissional, mas também pessoal.

Geovanna e Gustavo já têm os planos profissionais traçados. Ela quer fazer faculdade de Estética e Cosmética, pós-graduação em Biomedicina e, posteriormente, uma outra faculdade de Comércio Exterior. “Aprendi no Camp que temos que ter missão, visão, valores e tento aplicar isso na minha vida. Sempre quis trabalhar e o Camp nos dá essa oportunidade”.

Já Gustavo usa parte do seu salário para pagar o curso técnico de programador, carreira que pretende seguir. “Essa experiência na Prefeitura com certeza vai agregar na nossa vida”.

A experiência também foi um dos critérios de Brenda para se inscrever no Camp, já que, por ser menor de idade, não conseguia um emprego justamente pela falta dela. “Nos módulos (aulas que o Camp oferece), temos oficinas de matemática, português, libras, atendimento ao público e postura no ambiente de trabalho. Como teríamos toda essa vivência? Com o trabalho na Prefeitura, deixamos de ser os “filhinhos de papai” e amadurecemos de várias maneiras”.

O aprendizado, a chance do primeiro emprego, o contato com os assuntos de “gente grande” também é destacado por Rafaela, que lembra ainda que ser patrulheira a ajudou em um outro aspecto: a timidez. “Eu era muito tímida, fechada, e essa experiência tem me ajudado muito a mudar isso também”.

E quem já passou por todas essas sensações há alguns anos, fica nostálgico ao ouvir o grupo falar sobre o que é ser patrulheiro. É o caso do Diretor da Divisão Administrativa da Secretaria de Administração (Sead), André Neves de Souza, de 27 anos, que ingressou no Camp em 2007, e em 2008 começou a trabalhar na Prefeitura como patrulheiro. “Após sair do Camp, prestei concurso na Prefeitura para agende administrativo e hoje trabalho no mesmo setor que fui patrulheiro. Converso bastante com os jovens do Camp e viajo no tempo. Lembro das minhas expectativas naquela época e o quanto essa experiência agregou na minha vida pessoal e profissional”.

Inscrições – As inscrições para o Camp são permanentes e entre os critérios é preciso ter 15 anos completos, estar cursando o ensino médio na rede pública e ter renda familiar igual ou menor do que 3 salários mínimos.

Atualmente, o Camp conta com 431 adolescentes atendidos, sendo 212 em formação no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, e 219 aprendizes inseridos no mercado de trabalho, conforme Programa de Aprendizagem, dos quais 86 estão alocados na Prefeitura, que é a maior contratante na Cidade. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3473-9880 e 3473-9895.