Descentralização da Farmácia de Alto Custo amplia acesso à população em Praia Grande
Artigo científico analisou impacto de medida adotada pela Administração Municipal
26/6/2023

Por Rodrigo Herrero
Em Praia Grande, os medicamentos da Farmácia de Alto Custo são distribuídos pelas Unidades de Saúde da Família (Usafas) do Município desde 2016. Essa atuação pioneira na Baixada Santista permitiu a democratização do acesso da população a esses remédios que são de responsabilidade do Governo do Estado.
A constatação do papel fundamental das Usafas na ampliação do acesso foi confirmada no artigo científico “A descentralização da dispensação dos medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica como estratégia para superar barreiras de acesso”, publicado na edição de junho da Revista Science pelos farmacêuticos e servidores públicos de Praia Grande, Valmir Perez Junior e Erika Cristina Augusto Zulli Leitão.
Na publicação é detalhada a experiência exitosa de Praia Grande em descentralizar a dispensação desses medicamentos para as Usafas. Esse processo começou em 2011, quando a Administração Municipal trouxe para a Cidade o serviço, que até então era obtido apenas em Santos, ponto escolhido pelo Estado para dispensar medicamentos de alto custo para toda a Baixada e Litoral Sul. Cinco anos depois, o serviço foi espalhado pelas Usafas, deixando mais perto da residência dos munícipes, sem a necessidade de se deslocar a um ponto único na Cidade, como é costume na maioria dos municípios.
Para se ter uma ideia do impacto dessa medida, Praia Grande apresentou crescimento de aproximadamente 77% no número de atendimentos relativos à Farmácia de Alto Custo entre 2016 e 2022, passando de 33.092 registros para 58.567 no período. No mesmo recorte, a Baixada Santista teve crescimento menor, de aproximadamente 38%. O crescimento médio anual também é destacado em Praia Grande, com acréscimo de 10,1% de atendimentos, contra apenas 3,2% na Região. Os dados foram obtidos junto ao Departamento Regional de Saúde (DRS-IV) da Baixada Santista.
“Nossa pesquisa comprovou cientificamente e estatisticamente que uma ação de gestão adotada há alguns anos melhorou o acesso da população a esses medicamentos. Nós pegamos dados de número de pacientes atendidos pelo Alto Custo no Município e na Região e percebemos que o número de atendimentos em Praia Grande cresce numa velocidade muito mais rápida do que na Região, por causa dessa descentralização que foi pioneira”, destaca Valmir, que também é diretor do Departamento de Administração da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande.
Essa experiência positiva de Praia Grande foi apresentada no 36º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, promovido pelo Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-SP), na cidade de São Pedro, em março. Posteriormente, teve-se a ideia de fazer uma análise estatística mais ampla e transformar em artigo científico. A projeção elaborada a partir dos dados levantados é de que até 2024 a taxa de atendimentos por mil habitantes em Praia Grande será superior que a da Baixada Santista.
“Praia Grande também teve um aumento no número de habitantes recentemente, mas o que impactou mesmo no acréscimo de atendimentos foi a descentralização do acesso a esses medicamentos. A ampliação de um único polo para as Usafas reduziu também o tempo de espera para ter o medicamento, tendo sido bastante positivo para a população”, comenta Erika, que atualmente é diretora da Divisão de Assistência Farmacêutica da Sesap.
O artigo pode ser lido na edição 11 da Revista Science no link: https://www.revistascience.com.
Em Praia Grande, os medicamentos da Farmácia de Alto Custo são distribuídos pelas Unidades de Saúde da Família (Usafas) do Município desde 2016. Essa atuação pioneira na Baixada Santista permitiu a democratização do acesso da população a esses remédios que são de responsabilidade do Governo do Estado.
A constatação do papel fundamental das Usafas na ampliação do acesso foi confirmada no artigo científico “A descentralização da dispensação dos medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica como estratégia para superar barreiras de acesso”, publicado na edição de junho da Revista Science pelos farmacêuticos e servidores públicos de Praia Grande, Valmir Perez Junior e Erika Cristina Augusto Zulli Leitão.
Na publicação é detalhada a experiência exitosa de Praia Grande em descentralizar a dispensação desses medicamentos para as Usafas. Esse processo começou em 2011, quando a Administração Municipal trouxe para a Cidade o serviço, que até então era obtido apenas em Santos, ponto escolhido pelo Estado para dispensar medicamentos de alto custo para toda a Baixada e Litoral Sul. Cinco anos depois, o serviço foi espalhado pelas Usafas, deixando mais perto da residência dos munícipes, sem a necessidade de se deslocar a um ponto único na Cidade, como é costume na maioria dos municípios.
Para se ter uma ideia do impacto dessa medida, Praia Grande apresentou crescimento de aproximadamente 77% no número de atendimentos relativos à Farmácia de Alto Custo entre 2016 e 2022, passando de 33.092 registros para 58.567 no período. No mesmo recorte, a Baixada Santista teve crescimento menor, de aproximadamente 38%. O crescimento médio anual também é destacado em Praia Grande, com acréscimo de 10,1% de atendimentos, contra apenas 3,2% na Região. Os dados foram obtidos junto ao Departamento Regional de Saúde (DRS-IV) da Baixada Santista.
“Nossa pesquisa comprovou cientificamente e estatisticamente que uma ação de gestão adotada há alguns anos melhorou o acesso da população a esses medicamentos. Nós pegamos dados de número de pacientes atendidos pelo Alto Custo no Município e na Região e percebemos que o número de atendimentos em Praia Grande cresce numa velocidade muito mais rápida do que na Região, por causa dessa descentralização que foi pioneira”, destaca Valmir, que também é diretor do Departamento de Administração da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande.
Essa experiência positiva de Praia Grande foi apresentada no 36º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, promovido pelo Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-SP), na cidade de São Pedro, em março. Posteriormente, teve-se a ideia de fazer uma análise estatística mais ampla e transformar em artigo científico. A projeção elaborada a partir dos dados levantados é de que até 2024 a taxa de atendimentos por mil habitantes em Praia Grande será superior que a da Baixada Santista.
“Praia Grande também teve um aumento no número de habitantes recentemente, mas o que impactou mesmo no acréscimo de atendimentos foi a descentralização do acesso a esses medicamentos. A ampliação de um único polo para as Usafas reduziu também o tempo de espera para ter o medicamento, tendo sido bastante positivo para a população”, comenta Erika, que atualmente é diretora da Divisão de Assistência Farmacêutica da Sesap.
O artigo pode ser lido na edição 11 da Revista Science no link: https://www.revistascience.com.