Diversidade: PG amplia o debate sobre acolhimento e inclusão da comunidade LGBT

Dicas de como criar espaços mais seguros e conscientes foram os destaques da última sexta (30)

Por: MICHEL PENNA MTB: 73.734 | 02/06/2025

Foto Will Urbano / Prefeitura de Praia Grande


 

Ter uma mente aberta e livre de preconceitos é primordial para uma população disposta a considerar opiniões e ideias diferentes e até de aprender com elas, sem estereótipos ou julgamentos. Um debate necessário e que precisa ser amplamente difundido, algo que a Prefeitura de Praia Grande vem fazendo. Na última sexta-feira (30), com o intuito de promover a conscientização de seus colaboradores, a Administração Municipal proporcionou um momento de reflexão sobre o combate à discriminação sexual e a importância de disseminar a diversidade no ambiente de trabalho, em alusão ao Dia Internacional Contra a LGBTfobia, celebrado no dia 17 de maio.

 

Em um evento realizado pela Secretaria de Administração (Sead), em parceria com as Secretarias de Diversidade e Inclusão (Sedi) e de Saúde Pública (Sesap), os servidores dialogaram sobre respeito e quebra de paradigmas com o palestrante do dia, o médico psiquiatra da rede municipal de saúde, Dr. Laerte Romualdo Santos - que explicou as diferenças entre os principais tipos de orientação sexual existentes e as diversas maneiras de se identificar uma discriminação na sociedade. “Há vários exemplos de LGBTfobia, como expulsão de casa, exclusão do convívio social habitual, desrespeito, ofensas, perguntas invasivas e até violência”.

 

Porém, segundo ele, também é preciso se atentar a qualquer sinal de preconceito nos espaços e serviços públicos, mesmo que involuntários. “Exemplos disso são fichas de cadastro que só dão como opções os gêneros masculino ou feminino, sem considerar outras alternativas de sexualidade; bem como a falta de ações em casos de bullying e o desrespeito ao nome social em laudos, documentos e afins. Mas há boas práticas que podemos implantar para evitarmos situações assim, como se atentar aos termos utilizados na abordagem presencial ou escrita, utilizando perguntas abertas, à exemplo de ‘Como devo chamar você?’ ou ‘Quais são seus pronomes?’. Outro fator crucial é termos uma secretaria específica para tratar o tema, como a Sedi”.

 

A secretária responsável pela pasta, Vera Benício, reforçou a relevância de ações como essa para propiciar uma maior sensibilização sobre o assunto. “Esse tipo de iniciativa precisa ser algo mais contínuo, não apenas com os funcionários, mas com as chefias também. Isso porque precisamos saber dos direitos e das individualidades de cada um, isso é fundamental. Por isso, nós da Secretaria de Diversidade e Inclusão iremos continuar trabalhando este tema junto com as demais secretarias da Prefeitura. Nosso papel é viabilizar essa conscientização”.

 

A diretora da Divisão de Treinamento e Capacitação da Sead, responsável pela promoção do conteúdo, Camila Mariane Rocha, concordou. “É um trabalho que, com certeza, continuaremos desenvolvendo, capacitando e sensibilizando toda a Administração. E agora, com a Sedi, seguiremos atuando em prol desse objetivo”, concluiu. O encontro aconteceu no Auditório Jornalista Roberto Marinho, localizado na Rua José Borges Neto, nº 50, no Bairro Mirim.