Em ação pioneira, PG realiza remoção de recém-nascido em ambulância com incubadora e UTI Neonatal

Município transportou bebê com cardiopatia congênita ao Hospital Dante Pazzanese, em SP

Por: RODRIGO HERRERO MTB: 46.260 | 19/09/2025

 

A Saúde é uma luta pela vida diária, construída aos poucos, tijolinho por tijolinho, por cada profissional. E nesta semana, mais um capítulo dessa obra foi construído em Praia Grande. A Cidade fez a primeira remoção de um bebê recém-nascido em incubadora do Município. A ação ocorreu na madrugada da quarta-feira (17), quando um bebê do sexo masculino, com 17 dias de vida e cardiopatia congênita, foi transportado do Hospital Municipal Irmã Dulce para o Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, por uma Unidade de Transporte em Saúde (UTS) com UTI Neonatal dentro do veículo.

 

Essa ambulância com UTI Neonatal foi adquirida pela Administração Municipal em março deste ano, junto com outros 16 veículos, em uma medida para renovar a frota das UTS e do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU). E o veículo cumpriu o seu papel, ao levar o recém-nascido para a continuidade do tratamento em uma unidade do Estado referência em cardiologia.

 

A cardiopatia congênita é um conjunto de malformações na estrutura ou na função do coração que surge durante o desenvolvimento fetal e atualmente é a terceira causa de óbito no período neonatal (28 dias após o parto). Ou seja, o equipamento é fundamental para combater a mortalidade infantil, direcionando o recém-nascido para o serviço de referência o mais breve possível.

 

Entre outras funções vitais para a criança, uma das principais presentes na ambulância é a incubadora manter a temperatura corporal adequada. A existência desse recurso avançado permitiu que o transporte fosse realizado com total segurança. A equipe que participou dessa remoção foi composta pelo enfermeiro Flávio Vasconcelos Pereira, pelo médico Jonathan Laurentino Silva e pelo condutor Anatalino dos Anjos Marinho, sob a coordenação técnica (SAMU/UTS) da enfermeira Márcia Maria Rocha Coutinho Barreiros.

 

O enfermeiro Flavio conta da emoção que foi esse atendimento, fundamental para a vida do bebê. “Essa remoção impactou todos nós por vermos um recém-nascido lutando por sua vida e saber que essa etapa foi vencida por sermos os pioneiros a prestar um serviço tão complexo e também por sabermos que a população pode contar com um equipamento de tamanha especificidade”.

 

O coordenador médico do SAMU de Praia Grande, Silvio Vassão Junior, destaca o papel estratégico que esse equipamento com UTI Neonatal possui dentro da rede de atenção materno-infantil. “O veículo é completo, possui a incubadora de transporte, ventiladores específicos, bombas de infusão e monitor multiparamétrico adaptados ao tamanho neonatal, garantindo a estabilidade clínica durante todo o deslocamento e reduzindo riscos de complicações graves, como hipotermia (queda de temperatura corporal), hipóxia (falta de oxigênio nos tecidos e células do corpo) e parada cardiorrespiratória. Ele é indispensável para garantir remoções seguras, rápidas e humanizadas de recém-nascidos graves, impactando diretamente na redução da mortalidade infantil”.