Projeto de combate ao bullying entra em nova etapa nas escolas municipais

O projeto de combate ao bullying implementado pela Secretaria de Educação (Seduc) nas escolas municipais entra em nova fase. Além das palestras com os psicólogos educacionais, as unidades de ensino começam a desenvolver ações com os alunos com o objetivo de conscientizá-los sobre os prejuízos que tal prática pode causar. Nesta quarta-feira (7), foi a vez da EM Dorivaldo Francisco Loria, no Bairro Sítio do Campo, propor uma ação com estudantes do 2º e 3° anos do Ensino Fundamental.

Os professores trabalharam a temática de combate ao bullying com os alunos em sala de aula. Cada turma elegeu um representante e um vice para que possa ser o porta-voz e leve quais são os desejos, as necessidades e quais medidas cada grupo adotará ao longo do ano. Nesta quarta, estes líderes mirins participaram de uma reunião com a equipe gestora da escola para apresentar o que conversaram e as ações definidas para esse primeiro momento.

Uma das salas, por exemplo, criou uma série de atividades para despertar nas crianças a importância do olhar ao próximo. Durante a reunião, o aluno representante explicou cada uma das iniciativas. A professora elaborou com os pequenos a Caixinha do Desabafo para que, nos dias em que não estiverem bem, possam escrever um bilhete explicando por qual motivo estão daquele jeito. Também criaram o "Empatinho", um personagem feito com almofada para que abracem quando se sentirem tristes ou carentes.

Em outra turma, a representante dos alunos trouxe algumas reivindicações apontadas pelo grupo com o objetivo de melhorar o convívio na escola. Entre os pedidos, estiveram a necessidade de um cardápio diferente em dias especiais e um espaço específico para momentos mais lúdicos. Todos os apontamentos foram anotados pela diretora da escola, Danielle Alves Magalhães de Oliveira, e pela assistente técnica pedagógica (ATP), Daniela Freire.

"O projeto anti-bullying elaborado pela Seduc é voltado principalmente para alunos do 6º ao 9º ano. Entretanto, nos pediram para já abordar a temática com os alunos de forma leve para que desde pequenos entendam os prejuízos que esta prática pode ocasionar", explicou Daniela Freire. "Então, aqui na escola, resolvemos despertar nas crianças o protagonismo e ouvir delas o que acontece, onde a escola pode melhorar e, principalmente, como elas podem contribuir para termos um convívio mais empático".

Na EM Dorivaldo Loria, o projeto será trabalhado com os alunos do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental. Essa foi a primeira reunião do período intermediário, os representantes das turmas que estudam de manhã e à tarde também vivenciarão este momento. A ideia é que os encontros ocorram ao final de cada trimestre para que façam uma avaliação do que foi conversado anteriormente e, depois, apresentem novas demandas e necessidades.

"Nosso objetivo é proporcionar aos estudantes um espaço de fala e escuta. Também queremos mostrar que eles podem fazer a parte deles e contribuir para a construção de um convívio melhor na escola", destacou a assistente técnica pedagógica. "Nossa primeira avaliação é muito positiva. É interessante que já vemos algumas propostas que saltam aos olhos, por serem bem elaboradas. Vamos conversar para ver a viabilidade de estender essas iniciativas para toda a escola".

As ações promovidas pelas escolas vêm ao encontro do que foi solicitado pelo prefeito, Alberto Mourão. No início do ano, durante cerimônia de posse dos secretários municipais, o chefe do Executivo entregou para a titular da pasta de Educação, Patrícia Almeida, uma ordem de serviço sobre essa temática. Na ocasião, solicitou à Seduc para elaborar estratégias com a finalidade de combater a prática do bullying dentro das unidades de ensino. Desde então, uma série de iniciativas tem sido realizada para abordar a temática.