Projeto Samuel: voluntárias do PIC Melvi doam polvos de crochê ao Hospital Irmã Dulce
Peças oferecem conforto aos pequenos durante períodos de internação
18/09/2025
Por: Luciano Agemiro
O Hospital Municipal Irmã Dulce, em Praia Grande, recebeu 130 polvos confeccionados por voluntárias das aulas de crochê do PIC Melvi. A entrega ocorreu na quarta-feira (18). Há 8 anos esse trabalho é realizado e as peças são entregues na maternidade da unidade. Pesquisas apontam que os polvos de crochê levam conforto para os pequenos no período em que estão internados, recebendo tratamento. Desde o início do projeto, mais de 500 unidades já foram entregues.
Uma vez por mês, cerca de 15 voluntárias se reúnem para botar a conversa em dia e atualizar as informações da produção. As peças também são confeccionadas em casa pelas integrantes do grupo nos momentos de descanso ou entre os afazeres do dia a dia. Em Praia Grande, o projeto ganhou o nome do menino Samuel, filho de uma das frequentadoras da unidade.
A voluntária, Tallyta Gabriele Colontônio Alves, de 23 anos, gostou da experiência, apesar do pouco tempo disponível e de ter que conciliar trabalho, estágio e faculdade. “Quando estou fazendo um polvo eu faço com coração sabendo que vai ajudar alguém. Aprendi o crochê com a minha mãe, há uns 5 anos. Tem 2 meses que estou participando do Projeto Samuel”.
Outra voluntária é Hannah Vitoria de Souza Santos, também de 23 anos, que trabalha em escola e nos intervalos aproveita para fazer os polvos. “Há cerca de um ano entrei nas aulas e comecei a me especializar na técnica do amigurumi. Queria fazer algo de caridade e adorei esse projeto. Coloco os melhores sentimentos nas peças que eu faço. Quero que os bebês se sintam muito bem”.
Hilda Nonato Santos Chagas é a professora responsável por transmitir a técnica do amigurumi para as alunas. “Entrei no crochê do PIC Melvi justamente por causa desse projeto. Entrei para ajudar e quando minha professora se afastou resolvi continuar o trabalho. Fazer parte disso é algo maravilhoso para mim”.
De acordo com a coordenadora de enfermagem do Hospital Irmã Dulce, Camila Geraldino Pereira, as mães ficam emocionadas quando entendem o proposita da ação. “Elas sentem e percebem o carinho das voluntárias. Além disso, quando a gente explica para a mãe sobre a função do polvo elas ficam muito felizes, até emocionadas”.
A presidente do Fundo Social de Solidariedade de Praia Grande, Marica Del Carmen Padim Mourão, a Maruca, sempre acompanha a doação e destacou que se trata de um momento emocionante. “Esse clima da maternidade envolve a gente. Por mais simples que pareçam ser, os polvos de crochê levam conforto para as crianças. E isso é impressionante”.
Origem - O projeto, com origem na Dinamarca, em 2013, confecciona polvos de crochê e os doa para bebês prematuros em unidades de tratamento intensivo neonatais. O objetivo é que, quando abraçado, o brinquedo transmita calma e proteção ao recém-nascido, já que os tentáculos remetem ao cordão umbilical e causam a sensação de segurança parecida com a do útero materno.
Quando as crianças nascem prematuras precisam ficar conectadas a muitos aparelhos. Nessa situação elas podem puxar os fios desses equipamentos. Com a tranquilidade transmitida pelos polvos, a tendência é que esses bebês de acalmem e não remova os sensores. Para saber mais sobre o projeto, basta entrar em contato com o PIC Melvi, por meio do telefone 3496-5064.