Vacina contra o HPV passa a ser aplicada em dose única
Imunizante tem como público-alvo crianças e adolescentes de 9 a 14 anos
Por: RODRIGO HERRERO | 11/04/2024
A vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) passa a ser realizada em dose única. O novo esquema foi adotado pelo Ministério da Saúde e incorporado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O público-alvo continua sendo crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. O principal objetivo é ampliar a cobertura vacinal nessa faixa etária.
Em Praia Grande, as vacinas estão disponíveis nas 30 Unidades de Saúde da Família (Usafas), de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas. Aos sábados, domingos e feriados, o Centro de Especialidades Médicas e Ambulatoriais (Cemas – Rua Thomé de Souza, 1313, Bairro Aviação) imuniza a população das 9 às 15 horas.
Prevenção – A vacina contra o HPV é a principal forma de prevenção ao câncer de colo de útero. Para se ter uma ideia, o câncer do colo de útero é o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres brasileiras, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 17.010 casos novos, o que representa uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. No caso dos homens, a vacina protege contra câncer de pênis, orofaringe e ânus. Além disso, a vacinação previne mais de 90% das verrugas genitais.
“O HPV é transmitido principalmente por contato sexual, por isso, a vacinação precoce proporcionas a proteção antes do início da atividade sexual. Além de ajudar a prevenir o câncer, a vacinação protege contra outras infecções e doenças relacionadas ao HPV. É uma vacina segura e importante para a vida adulta, pois ela atua na prevenção a longo prazo”, destaca a enfermeira Soraya Santos da Rocha, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande.
Decisão – Segundo o Ministério da Saúde, a definição pela dose única está de acordo com as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Além disso, a decisão teve como embasamento estudos com evidências sobre a eficácia do esquema frente às imunizações em duas ou três etapas.
Outros públicos – Outra novidade foi a inclusão das pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR) como grupo prioritário da vacina HPV. Além disso, os imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, que também podem receber a vacina do HPV na rede pública de saúde, permanecerão com o esquema recomendado anteriormente, de duas ou mais doses, conforme cada caso.